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O mergulho em si

  • Foto do escritor: Marina  D'Amorim
    Marina D'Amorim
  • 30 de jun.
  • 2 min de leitura

Atualizado: 1 de jul.

Ao longo da minha vida, temi o mergulho. Embora apaixonada pelo mar, quando via suas ondas me engolirem, eu recuava. Embora soubesse nadar, não me aventurava nas profundezas; tinha medo de mergulhar. Com o tempo, e já fazendo terapia, descobri que esse medo era, na verdade, de mergulhar em mim mesma.


Hoje, depois de mergulhar em mim, trabalho ajudando as pessoas a fazerem esse mergulho interno. No encontro terapêutico, mergulhamos juntas/os nos seus medos, na sua raiva, no seu sofrimento e, claro, em tudo que você é para além disso.


Quando falo sobre o mergulho, falo sobre esse movimento de se aproximar de si: compreender o que se sente, como se sente e o que isso conta sobre sua história. Muitas vezes encontramos no sofrimento o que já não faz mais sentido e precisa ser mudado. É quando nos permitimos sentir que algo dentro começa a se movimentar de novo, ajudando-nos a voltar para nós mesmos e para a vida que acontece agora.


Nossos sentimentos são como faróis: não surgem para atrapalhar, mas para guiar; eles iluminam caminhos, sinalizam necessidades e anunciam movimentos internos. A dor, quando permitida, nos impulsiona; a raiva protege; a tristeza acolhe; a alegria expande. Porém, o sofrimento se intensifica na medida em que repetimos padrões rígidos de existir. Como, por exemplo: buscar agradar a todos, negligenciar o que você sente, se cobrar excessivamente, repetir padrões de relacionamentos que não te fazem bem.. entre outros.


Na psicoterapia, vamos olhar para essas formas rígidas que interrompem a fluidez e restaurar o cuidado de si, atendendo o seu desejo, suas necessidades e limites. Para isso, vamos mergulhar no seu tempo e no seu ritmo.


Assim como no mar, nas suas profundezas há um território des-conhecido a ser explorado. Ora familiar, ora surpreendentemente novo. A cada mergulho, algo se revela — não porque era invisível, mas porque você está pronta/o para ver. Um resgate profundo de si.


Espero que não esqueça: na maré baixa ou na maré alta, estaremos juntas/os/es.


Que esse texto te inspire a ter coragem para o mergulho.

Vamos juntas/os/es?



Com carinho,

Marina (a sua psi).

 
 
 

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